A América Latina (AL), se considerada sob a perspectiva da concentração de renda, é a região mais desigual do mundo (FMI, 2014). Entre os impactos adversos de sociedades altamente desiguais, considera-se a possibilidade de limitação do mercado interno consumidor que pode, por sua vez, reduzir o potencial de crescimento econômico. Além disso, outros fatores como […]
Durante parte significativa das duas últimas décadas, a economia brasileira atravessou um ciclo de crescimento econômico com distribuição de renda que teve como característica uma ampliação do crédito ao consumo. Por mais que este ciclo tenha trazido benefícios para amplos setores da sociedade, é fundamental reconhecer que ele aprofundou os conflitos sobre a distribuição da […]
O Working Paper nº 001 do Made, que inaugurou as publicações no site do Centro de Pesquisa, analisa o impacto de uma faceta da distribuição da renda, a distribuição funcional (repartição da renda com base na participação dos agentes econômicos no processo produtivo), sobre a demanda por importação em países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Com cada vez mais frequência no debate econômico tem-se utilizado a forte desvalorização do Real em 2020 como justificativa para a manutenção do teto de gastos. O argumento é de que frente ao crescimento das despesas com o enfrentamento à pandemia e rumores de uma mudança do regime fiscal, aumentou a percepção de risco do país, levando a uma retração nos fluxos de capitais e, portanto, a uma desvalorização da moeda doméstica e a consequentes pressões inflacionárias. A narrativa da preponderância fiscal na determinação do câmbio vem acompanhada do dado de que o Real foi a moeda emergente que mais se desvalorizou em 2020. Assumindo, portanto, que o gap observado entre as oscilações da moeda brasileira e de outros países emergentes se deve às incertezas quanto ao cenário fiscal brasileiro.