Distribuição funcional da renda como determinante do comportamento importador: uma análise empírica

O Wor­king Paper nº 001 do Made, que inau­gu­rou as publi­ca­ções no site do Cen­tro de Pes­qui­sa, ana­li­sa o impac­to de uma face­ta da dis­tri­bui­ção da ren­da, a dis­tri­bui­ção fun­ci­o­nal (repar­ti­ção da ren­da com base na par­ti­ci­pa­ção dos agen­tes econô­mi­cos no pro­ces­so pro­du­ti­vo), sobre a deman­da por impor­ta­ção em paí­ses desen­vol­vi­dos e em desenvolvimento.

O Wor­king Paper nº 001 do Made, que inau­gu­rou as publi­ca­ções no site do Cen­tro de Pes­qui­sa, ana­li­sa o impac­to de uma face­ta da dis­tri­bui­ção da ren­da, a dis­tri­bui­ção fun­ci­o­nal (repar­ti­ção da ren­da com base na par­ti­ci­pa­ção dos agen­tes econô­mi­cos no pro­ces­so pro­du­ti­vo), sobre a deman­da por impor­ta­ção em paí­ses desen­vol­vi­dos e em desenvolvimento.

Os resul­ta­dos indi­cam que uma melho­ra de 1% na dis­tri­bui­ção fun­ci­o­nal da ren­da a favor dos salá­ri­os (par­ce­la dos salá­ri­os na ren­da) tem um impac­to nega­ti­vo de 0,9% sobre o volu­me de impor­ta­ções de paí­ses em desen­vol­vi­men­to e, por outro lado, um impac­to posi­ti­vo de 0,6% sobre as impor­ta­ções de paí­ses desenvolvidos.

Ao indi­car a rele­vân­cia da dis­tri­bui­ção fun­ci­o­nal da ren­da para a deman­da por impor­ta­ção dos paí­ses, o arti­go des­ta­ca a omis­são na lite­ra­tu­ra exis­ten­te de uma variá­vel empi­ri­ca­men­te rele­van­te e um canal teo­ri­ca­men­te sig­ni­fi­ca­ti­vo atra­vés do qual a dis­tri­bui­ção fun­ci­o­nal da ren­da afe­ta o cres­ci­men­to do pro­du­to, dia­lo­gan­do com uma ampla lite­ra­tu­ra sobre cres­ci­men­to econô­mi­co sob res­tri­ção exter­na e poten­ci­al­men­te impul­si­o­ná­vel por uma taxa de câm­bio real competitiva.

O efei­to hete­ro­gê­neo que as mudan­ças na dis­tri­bui­ção fun­ci­o­nal têm sobre o volu­me de impor­ta­ção de dife­ren­tes gru­pos de paí­ses indi­ca que as espe­ci­fi­ci­da­des estru­tu­rais dos paí­ses desen­vol­vi­dos e em desen­vol­vi­men­to devem ser cui­da­do­sa­men­te con­si­de­ra­das para melhor com­pre­en­der as impli­ca­ções macro­e­conô­mi­cas da recen­te ten­dên­cia glo­bal de que­da da par­ti­ci­pa­ção dos salá­ri­os na renda.